O que nos leva a escolher um livro, entre tantas opções,
naquele oásis de histórias que lutam pela nossa atenção em uma livraria? O que
faz com que um deles capture nossa atenção e nos faça leva-los para casa? É
sempre uma decisão muito pessoal, mas, ao menos para mim, o que me leva a
escolher um livro é uma série de fatores.
Primeiramente,
a livraria de escolha. Nesse caso em especial, escolhi a livraria Fnac, por seu
amplo número de opções, e, honestamente, pelo seu delicioso cappuccino. Ao
entrar na livraria, fui nocauteada por cores, cheiros, sons. Cada livro com sua
peculiaridade. Contrariando aqueles que dizem que não se julga um livro pela
capa, meu primeiro instinto é selecionar as capas que, por alguma razão, me
conquistam imediatamente. Em minha opinião, a capa de um livro diz muito sobre
ele, seu gênero, seu público alvo. Após selecionar as capas de escolha, parto
para a análise do título. Honestamente, acredito que o título, por si só, já
deva dizer algo sobre a história. Se o título não me conquistar, parto para o
próximo sem hesitar. Dos títulos escolhidos, analiso então a sinopse,
procurando por algum elemento com qual possa me conectar. Se a sinopse me
ganhar, leio a primeira página do livro, por que grandes histórias te ganham no
primeiro parágrafo. Por fim, quando o livro já foi escolhido, espio as orelhas
em busca de informação sobre o autor.
Gênero
não é uma parte definitiva da minha decisão. Gosto de romances, principalmente,
mas me sinto quase igualmente atraída por histórias de suspense, horror,
chick-lits, sick-lit, aventura, fantasia, clássicos, poesia. Acho que cada tipo
de história merece ser lida, e não tenho preconceitos. Encho a boca com igual
orgulho para falar do meu lindo exemplar de Grandes Esperanças, de Charles
Dickens, e do meu exemplar de A Culpa é das Estrelas, best-seller do John
Green.
Nesse
dia em especial, muitos livros me chamaram a atenção, mas três se destacaram.
Foram eles: O dia em que o vento parou, Jack, o Estripador em Nova York e
Surpreendente. Dois romances e um suspense de detetive. Por fim, o livro que me
ganhou foi Surpreendente, do autor Mauricio Gomyde. Três razões me levaram a
comprar esse livro sem pensar duas vezes: A primeira foi que o livro conta a
história de um jovem cineasta que decide viajar em seu Opala para filmar um
curta-metragem. Sou ardentemente apaixonada pela estrada, por viajar, seja de
avião, de carro ou de carroça. Histórias sobre viagens geralmente me ganham
logo de cara. A segunda razão foi que a viagem de Pedro é pelo Brasil, até
Pirinópolis. Acho que livros incríveis estão surgindo na nossa literatura,
livros atuais, bem escritos, e, graças aos céus, destinados ao público jovem, e
isso deve ser valorizado. Nada contra Capitu, linda dama de olhos oblíquos, mas
está mais que na hora da literatura brasileira ser reconhecida por algo além
dos seus clássicos. E a terceira razão, por mais trivial que possa parecer, foi
a curiosidade incontrolável de descobrir qual a conexão com o colar de olho de
águia na capa, que parece me perseguir nos pescoços de cada garota com estilo e
atitude ultimamente, como se elas estivessem me dizendo que esse livro é
imperdível.